De acordo com a Wikipedia, Marcial Maciel (1920 — 2008) foi o fundador dos Legionários de Cristo e do movimento Regnum Christi. Apesar da sua aparente vida de conformidade com os ditames da Igreja Católica, Maciel teve uma vida dupla. Foi criminalmente condenado nos EUA por manter relações sexuais com rapazes menores.
Em uma edição de fevereiro de 2009, o jornal estadunidense New York Times afirmou que o Padre Maciel levava uma “vida dupla” e e possuía “pelo menos” uma filha. Posteriormente, o jornal francês Le Monde publicou reportagem afirmando a existência de três filhos mexicanos, nascidos de uma outra mãe, um filho no Reino Unido e uma filha francesa, que já teria falecido, os jornais ainda alegam que ele seria um plagiador, viciado em drogas e que cometia abusos sexuais contra os noviços.
Nada disso seria reconhecido pela Igreja que o fez por força, quando os fatos vieram a tona. O Vaticano passou então a reconhecer as “dificuldades” pelas quais passaram os acusadores de Maciel durante os anos em que foram ostracizados ou ridicularizados, e elogiou sua “coragem e perseverança para demandar a verdade”.
Fonte: Sua Santidade, as cartas secretas de Bento XVI, Gianluigi Nuzzi, página 155.)
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Marcial abusou sexualmente de seus filhos
Tanto Omar como Raúl disseram que foram abusados sexualmente por seu pai quando eram pequenos, algo que revelaram à sua mãe em 1999. Raúl disse que o primeiro abuso ocorreu quanto tinha sete anos, em uma viagem a Colômbia, e que duraram cerca de oito anos.
“Fomos vítimas também de meu papai, infelizmente”, afirmou Raúl, que reclama do Vaticano um reconhecimento público de todas as vítimas e ressarcimento econômico.
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“Marcial Maciel é, sem dúvida, a figura mais demoníaca que a igreja católica pôde gerar e ver crescer nos últimos cinquenta anos. Dono de uma riqueza desmesurada e um passado de violências sexuais foi protegido durante várias décadas por João Paulo II e pelo cardeal secretário de Estado, Angelo Sodano, que se tornou primeiro ministro do Vaticano.
Os primeiros abusos sexuais remontam das décadas de 1940 e 1950 e foram comunicados oficialmente aos bispos e aos cardeais mexicanos. Em 1956, Marcial é suspenso pelo Vaticano. O seu processo é anulado pelo cardeal Clemente Micara no final de 1958.
Marcial Maciel reuniu um império de 15 universidades, 50 seminários e institutos de estudos superiores, 177 colégios, 34 escolas para crianças desfavorecidas, 125 casas religiosas, 200 centros educativos e 1200 oratórios e capelas.
Possui identidades falsas, mantém duas mulheres que terá pelo menos 6 filhos e não hesita em abusar sexualmente dos próprios filhos os quais dois apresentarão queixa mais tarde.
Em 2005 é afastado de suas funções por Bento XVI. Não é denunciado à Justiça pela igreja, não é excomungado, nem detido, nem encarcerado. Continua entre 2005 e 2007 viajando de uma casa a outra,do México a Roma e se beneficiando de meios financeiros ilimitados. Sofrendo de um câncer no pâncreas se muda para uma suntuosa casa na Flórida, onde morre no luxo em 2018, aos 80 anos.
Regularmente Marcial Maciel “molhava a mão” dos cardeais e prelados próximos a João Paulo II. Oferecia-lhes automóveis de luxo, viagens suntuosas, distribuía entre eles envelopes com dinheiro para encobrir seus crimes. Nenhum dos cardeais que se deixaram corromper foram incomodados pelas autoridades e ainda menos excomungados por simonia!”
O apoio que Marcial Maciel recebeu no México, na Espanha e no Vaticano é algo que eu chamaria com algum pudor de “clericarismo no armário”. Estima- se que de 50% a 75% dos padres e bispos e cardeais mexicanos sejam gays. Emiliano Ruiz Parra declara: “Se Marcial Maciel tivesse falado, toda a igreja mexicana teria desmoronado”.
Fonte: Frederic Martel. No armário do Vaticano. 2019. Capitulo 10.
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